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28-08-2012

Entrevista com Antônio Moura

Uma conversa franca com o projetista-senior Antônio Moura. Ele fala sobre os desafios da profissão, o desinteresse dos novos profissionais e falhas em projetos.


Há quanto tempo trabalha com projeto de equipamentos vibratórios e peneiras gigantes?
Iniciei minha carreira como projetista em 1979. São mais de 33 anos de experiência com equipamentos vibratórios e a partir de 2001 comecei a me especializar em projetos de peneiras de grande porte para clientes com necessidades especificas e conforme suas instalações. Lembro bem de dois grandes projetos, o primeiro na área de calcinação que foi meu “start-up” realizado em 2001 e o outro em 2005 uma grande peneira para classificação de carvão vegetal.
Quais são os grandes desafios de projeto de uma peneira gigante?
O principal é atender as necessidades do cliente, sempre orientando quanto as suas dúvidas de forma com que tenha um projeto seguro e de funcionamento eficiente.
Muitos projetos de peneiras de grande porte são para trabalhar em conjunto com outros equipamentos, isto é um enorme desafio em que não podemos ter falhas.
Executar projetos através de layout, ou seja, trabalhar com base nas informações enviadas pelo cliente.
Executar projetos com visita ao cliente, desta forma o projetista fica sendo o principal responsável pelo sucesso do projeto.
Você acredita que o tamanho das peneiras fabricadas na MAVI chegou ao limite?
Certamente não, pois a MAVI junto com sua equipe tem potencial para fabricar todos os tipos e tamanhos, sendo peças únicas (peneiras menores) ou em módulos (peneiras de grande porte), atuando com uma logística de transporte especial.
Acompanhar a partida (start-up) dos equipamentos é emocionante? Traz novas ideias para projetos futuros?
Sem dúvidas. Para máquinas do tamanho, que foram fabricadas pela primeira vez, confesso que é um momento de pequena apreensão até ver que está tudo ok. É realmente emocionante ver que os traços até então vistos somente na tela do computador tornaram-se realidade.
Acompanhando o start-up dos equipamentos sempre podemos obter ideias sobre melhorias para uso no dia a dia. Na prática, com a mão na massa você visualiza que pode ajustar a posição dos acionamentos para que o resultado seja outro, pode testar reforços em outros pontos etc...
O que faz para se manter atualizado?
Sempre que posso visito feiras, participo de palestras e fóruns na internet, leio revistas e catálogos técnicos. Como tenho um relacionamento muito bom com os clientes e fornecedores isso me permite estar antenado as novidades do mercado e as necessidades das pequenas, médias e grandes empresas.
O mercado se renova ano após ano com novos profissionais, softwares, ferramentas etc, como você vê os jovens profissionais que estão chegando?
Os profissionais recém-formados na ânsia de exercer a profissão muitas vezes acabam esquecendo que a maior escola está dentro da própria empresa, absorvendo informações com os profissionais já conceituados e colocando na prática os conceitos aprendidos na faculdade.
Quais são suas recomendações para os novos profissionais?
Se dedicar ao máximo possível independente de qualquer situação.
Qual a sensação de perceber um erro depois ter enviado um desenho (projeto) certificado? Já aconteceu?
Sim, a sensação é que somos seres humanos e, portanto, passíveis de erros. Nunca houve nenhum erro irreversível e nenhuma grande implicação com eles, mesmo assim procuramos checar todos os detalhes junto ao cliente tentando evitar ao máximo as não conformidades e estamos sempre atualizando os procedimentos internos.

Antônio (esq.) recebendo prêmio por seus trabalhos.

 

Antônio ao lado de uma peneira Velopen com mais de 17.000kg.
Visita a campo.

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