Com um sindicato patronal como esse não precisamos de inimigos. Recebemos o informe, em meio a comunicados na imprensa sobre o anunciado fim da indústria mecânica brasileira, sucumbindo à avalanche de materiais importados (e com direito a financiamentos subvencionados, redução de impostos), de robusto aumento aos trabalhadores, além de curiosa cláusula obrigatória sobre contratação de seguros compulsórios, taxas assistênciais, para cursos e outras bizarrices.
Divertido, se não fosse trágico.
A partir de agosto de 2012, as empresas fabricantes de equipamentos no Brasil passam por aquilo se chama "desprezo oficioso". Pequenas, pouco representativas em termos de impostos, totalmente esquecidas. Tanto pelos grandes e tradicionais clientes, importando desenfreadamente, assim como pelo governo cujo monitoramento e Realpolitik com os clientes no Oriente baseia-se em trocas "justas".
Mas governos são governos, pouco a esperar.
Todavia do sindicato, a que concluímos de fato não se deve pagar nada além do chantageado pela lei e poderia ser mais duro nas negociações, esperar-se-ia mais.
Porém como a "taxa assistêncial" exigida vai para ambos os sindicatos, empregador e empregados, a qualquer um é claro o intuito da "negociação".
Isso é o nosso país, alguém que o representa se beneficia em conluio com a outra parte. Os políticos fazendo escola. E os representados, empresas e trabalhadores que se lixem... Paguem e calem a boca.
Texto: Eng. Thomas Bussius
Fotos: Eng. Ricardo Chiodo