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24-08-2011

Mavi, 50 anos.

Olá, algumas linhas sobre os 50 anos de Mavi, cuja inicio de funcionamento foi em 25 de agosto de 1961. Dia da renúncia de Janio Quadros, quem diria... Imaginem a confusão!
 
Foi fundada por Horst Bussius e Frederico Baumann, para a fabricação de motovibradores, calhas vibratórias e peneiras vibratórias. O Sr. Bussius trouxe o conhecimento dessa área por experiência com transporte de materiais a granel, tema de seu trabalho de diplomação como engenheiro mecânico na Unversidade de Braunschweig, Alemanha e alguns anos de trabalho nas empresa Miag e Alfred C. Toepfer.
 
Transferido para o Brasil, com o gerente contábil  brasileiro de uma dessas empresas, desligou-se e fundou aos 39 anos de idade a Telastem Ltda (peneiras para análise granulométrica) e adiante a Mavi, para máquinas maiores.
 
Sob a proteção das fortes limitações de importação e procura de nacionalização desses equipamentos pelos governos militares, a Mavi cresceu, associando-se em 1974 com a Uhde GmbH de Hagen, Alemanha. De 1974 a 1996 (quando a Uhde de vibração foi extinta e dissolveu-se a sociedade com Mavi) forneceu equipamentos para a indústria siderúrgica, de vidro, cimento e fundição. De 3 funcionários em 1961 passou à 120 funcionários em 1991, mas com o achaque do Plano Collor e a hiperinflação, além do escancaramento às importações, o quadro reduziu-se e mantém-se em 60 atuais.
 
Em 1972 a Mavi e Telastem separaram-se na administração conjunta, ficando Telastem Ltda. para o sócio Frederico Baumann e a Mavi Máquinas Vibratórias Ltda. para Horst Bussius e Ursula Bussius. Ambas empresas tinham o mesmo tamanho e a sociedade mútua não era mais necessária nem prática. Permaneceram amigos, assim seus descendentes até hoje, pois as empresas operam normalmente. Longévolas, fato raro no mercado latino-americano.
 
Em 1978 mudam-se para as instalações no parque Thomas Edison, orgulhosamente construídas sem financiamento de bancos ou construtoras, um difícil marco à época.
 
Em 1980 o eng. Bussius faleceu precocemente de uma mal cardíaco que o acompanhava fazia alguns anos, passando a administração ao corpo de funcionários e à esposa Ursula. Em 1983 a sócia Ursula Bussius se afasta do cotidiano administrativo e a Mavi passa a ser plenamente gerida pelo corpo de funcionários.
 
De 1996 em diante, a empresa retorna à denominação Mavi, após muitos anos como Mavi-Uhde Máquinas Vibratórias Ltda. (sendo curiosamente assim ainda conhecida por um largo segmento do mercado).
 
A Mavi mantém-se até o presente como a maior fabricadora de equipamentos vibratórios da América Latina, nos segmentos de equipamentos eletromecânicos e eletromagnéticos. Absorvido o know-how para a indústria siderúrgica, de fundição, mineração e de vidros, desenvolveu o seu próprio a partir de 1992 para o segmento da indústria sucroalcooleira. Onde hoje aponta como o maior fornecedor de equipamentos vibratórios para o setor, entre transportadores, dosadores e peneiras para açúcar e caldo de açúcar. Com mais de 280 usinas das 400 existentes no país atendidas até o momento. E com ramificações de fornecimentos para a Venezuela, Chile, Colombia, México, nações do Caribe e Nigéria, também países produtores de açúcar.
 
Mavi é o quinto maior fornecedor de vibradores pneumáticos para os Estados Unidos, através da distribuidora Houston Vibrator e o maior de motovibradores eletromecânicos no país, com sua tradicional marca Vimot. Forneceu diferentes equipamentos, desde Peru a Tailandia, da Nigéria a Madagascar, de Portugal a Argentina e outros países. A Mavi é representada no Chile, Peru, Argentina, EUA e recentemente na Península Ibérica.
 
Em paralelo, Mavi representa para a América Latina a empresa Sahut-Conreur da França, líder europeu em fabricação de prensas briquetadeiras para materiais pulverulentos, desde componentes para fertilizantes até carvão e iniciando com DMN-Westinghouse, da Holanda, para sua linha de válvulas rotativas especiais e padrão para a indústria alimentícia e química.
 
Seu know-how nos sistemas específicos para fundição é fruto de cooperação de quase 40 anos com a empresa Kuttner Equipamentos Siderúrgicos Ltda, de Minas Gerais, que em algum segmentos detém a exclusividade de distribuição, como por exemplo os sistemas Viproc de resfriamento contínuo de areia de fundição.
 
A empresa como todas as empresas brasileiras do setor mecânico sofre pesadamento com os importados baratos do Oriente. Hoje dos equipamentos mecânicos novos vendidos no Brasil, 40% são importados. E desses 40% mais de 70% provém da RPC. Em vista da qualidade ainda sofrível desses materiais importados a baixo custo, a tendência da Mavi foi aprimorar dois aspectos: a qualidade, com a introdução em 2005 do padrão ISO 9001: 2000 em sua forma administrativa e garantir a assistência técnica, onde quer o equipamento esteja. Uma falha grave em materiais importados e competidores latino-americanos.
 
Com isso a Mavi em 2010 conseguiu o melhor ano de sua já longa história de 50 anos. Aos sempre fiéis clientes mundo afora, aos nossos fornecedores e terceirizados e principalmente ao fidelíssimo corpo de funcionários, os parabéns.
Vista aérea da Mavi Máquinas Vibratórias em 2011, Parque Industrial Thomas Edison em São Paulo.
A primeira série de motovibradores Vimot, protótipos de 1961.
Os fundadores da Mavi Máquinas Vibratórias Ltda, Sr. Frederico Baumann e eng. Horst Bussius, em foto de 1964.
Hoje, 50 anos após, equipamentos como esse resfriador de fundidos Revitran para 20 t/h com 25 metros de comprimento, fazem parte da tecnologia Mavi.
Construindo peças maiores e maiores a cada ano, para um mercado com demandas gigantescas.
Já com sérios problemas de espaço de armazenagem em casos de encomendas mais robustas, frequentes.
Poucos meses antes de falecer Sr. Bussius, uma foto do feliz casal de fundadores, aqui em cerimônia de entrega de comenda à Sra. Ursula Bussius, pelos serviços prestados em prol do comércio paulistano. 1979 era o ano.

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